segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O leitor

Assisti o filme O Leitor hoje. Vários aspectos chamaram minha atenção. A maneira como Hanna escondia o fato de ser analfabeta e o seu amor pela literatura, que a fazia solicitar que as pessoas lessem pra ela. Sua vergonha pela sua condição era tão grande que desistiu de uma promoção no emprego e assumiu a culpa pela morte de 300 judeus num acampamento nazista pra não ter que se declarar analfabeta. Impressionante é pensar que ainda hoje observamos comportamentos como esse, talvez não tão extremos, mas igualmente dolorosos. Emocionante ver como ela aprende a ler e escrever com a ajuda das histórias gravadas, acompanhando a narração das mesmas nos livros. Hanna descobriu um jeito próprio de se alfabetizar. Fiquei pensando na força social que tem o preconceito e do valor social que tem a alfabetização e o letramento. Também me reportei para minha turma de EJA, aos alunos que buscam o aprendizado da Língua Materna, à importância do nosso trabalho e entendi porque muitos desistem, evadem, levados por uma força interna que supera a própria vontade de aprender a ler e escrever. Maior ainda é minha responsabilidade a partir de agora.

Um comentário:

Unknown disse...

Querida Márcia,
Tanto nessa postagem quanto na postagem de Libras você faz um relato com suas impressões das atividades. Porém, seria importante você estabelecer uma maior relação e reflexão envolvendo os textos estudados.
Um grande abraço e bom estudo,
Jaque Picetti