segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Tô voltando...

Pensei em deletar a última postagem, mas resolvi mantê-la, pra eu me lembrar de um momento de fraqueza e desepero que não poderá se repetir...
Sinto agora, um grande alívio. Mas os sintomas de stress que estou estudando no PPA estão bem nítidos em mim.
Falta de apetite, insônia, queda de cabelos, irritabilidade, tendência à depressão, dificuldade em parar de trabalhar, falta de disponibilidade para o lazer...
Tenho fortes dores de cabeça e no corpo. Ondas de calor e fria me invadem causando um mal estar danado...
Espero agüentar mais alguns dias...
Mas consegui fazer um parto hoje, foi difícil, mas não precisei usar fórceps: O wiki do PPA sobre stress nasceu forte e saudável, apesar do meu stress... Poderia ter tido uma alta de pressão e perder o "Nenê", mas não! Tudo conspirou a favor e "ele" veio ao mundo cheio de vontade de aprender...
estou cansadíssima, mas orgulhosa...
Agora são duas e vinte e quatro da manhã de segunda feira (15/12) e ainda tenho um milhão de coisas pra fazer. Pelo "andar da carruagem" não poderei dormir...
Consegui terminar os pareceres da EJA e do segundo ano que estavam atrasados...
Faltam alguns documentos... Sei que vou conseguir...
Não posso esquecer de agradecer à Profe Cíntia, que mais uma vez esteve ao meu lado e me fez mudar de idéia, senão o sonho teria escorrido pelo ralo...
Também é necessário dizer obrigada às colegas "Marga" e Vera que ficaram ao meu lado ontem.
Não posso deixar de falar na Profe Tânia Marques de Psico, que nada tinha a ver com o problema e que soube me ouvir e aconselhar em pleno domingo, dia em que poderia estar cuidando da sua família.

Maxi, tu foi show até na hora de apontar os problemas: cuidadosa, humana, carinhosa e delicada.

Isso sem falar nas gurias que abraçaram o projeto comigo e que transformaram o wiki, dando-lhe identidade, força e beleza.
Aprendi com isso que um projeto de aprendizagem precisa, antes de mais nada, ser do interesse dos alunos. Escrevi assim num comentário na frontpage do wiki:

"(pesquisar sobre o que nos inquieta é mais interessante e provoca um movimento interno revolucionário.
Começo a entender os objetivos do projeto. Não adianta propormos aos alunos algo distante do interesse deles, pois não conseguiremos motivá-los para aprender.
Senti na pele o que é isso. O trabalho anterior não me dispertava curiosidade, interesse algum. Era mais uma tarefa da faculdade a ser cumprida.
E como aconteceu em Psicologia, estou "pilhada" por esse projeto porque tem a ver com o meu momento pessoal e profissional.)"
E é bem assim que sinto: Stress faz parte da minha vida hoje, e por isso preciso e quero saber mais sobre esse assunto.
Quando pesquisei sobre a Síndrome do ninho Vazio experimentei esse mesmo sentimento, essa vontade de saber mais...

Vamos ver no que vai dar tudo isso!

Vou deixar o link do wiki pra quem quiser visitar: Wiki do Stress

sábado, 13 de dezembro de 2008

Acabou!

Sabe quando a gente sonho muito com algo e depois descobre que não existe possibilidade de alcançar?
É assim que me sinto!
Sempre quis estudar mais, fazer faculdade...
Tentei nas particulares e tive que parar por falta de dinheiro...
Tentei numa Federal e tenho que parar por que não dou conta de fazer tudo o que me é proposto.
Tô me sentindo uma pulga sento expremido no pelo de um cachorro de raça. Ou um vira-latas querendo entrar em casa de madame.
Não tenho mais forças. A Federal me derrubou. E com a ajuda da Brasiltelecom. Agora vou ficar com as dívidas de um pc novo pra pagar e uma internet 3G, sem utilidade...
Dizem que quando um sonho morre agente morre um pouquinho também.
Pois bem: uma parte de mim será enterrada junto com o sonho da Federal.

domingo, 30 de novembro de 2008

Concluindo!

Hoje consegui fazer as duas últimas atividades. Estou com tudo feito, muito cansaço, dor e uma enorme bagagem onde tento colocar o muito que aprendi. Apesar dos problemas, pude entender o funcionamento estrutural e legal das escolas em que trabalho. Com os textos lincados à vida cotidiana da escola pude fazer uma análise bastante crítica das realidades em que trabalho e principalmente sobre a minha a participação na vida de cada uma das instituições em que estou inserida como professora. Inserida? Será que realmente faço parte dessas escolas? Estou lá, planejo e aplico o que planejei. Há eficácia no que faço, pois visualizo a aprendizagem dos meus alunos. Mas estar inserida é muito mais que ministrar aulas. É estar a par de tudo o que acontece na escola e auxiliar nas decisões tanto administrativo-financeiras, quanto pedagógicas. É ter consciência de que os atos políticos de nossos governantes nos afetam diretamente e que é preciso fiscalizar e cobrar daqueles a quem elegemos postura ética e moral para fazer o que é melhor para o conjunto da sociedade, exigindo o cumprimento dos direitos garantidos por Lei aos cidadãos desse País. Nesse sentido me falta muito. E creio que não sou a única. Com o término desse eixo posso afirmar que não sou a mesma em relação a minha profissão. Além de saber mais sobre os aspectos legais que orientam minha vida profissional e o funcionamento dos sistemas, redes de ensino e escolas, sou capaz de analisar criticamente a minha atuação, tanto como professora, na sala de aula quanto como cidadã, sujeito de minha própria história, responsável por minhas escolhas, renúncias, abstenções. Sim, porque até em abster-me de participar há conseqüências sérias com as quais terei que conviver e pelas quais terei que responder mais cedo ou mais tarde.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Será que aprender dói?

Será que aprender dói em todo mundo?
Ou será que as dores que sinto são fruto da minha imaginação?
Finalmente consegui colocar os trabalhos em dia! Mas estou cansada, com dor física, espiritual e emocional.
Tive dificuldade em aceitar os comentários de uma tutora, que solicitou que eu ajustasse algumas coisas nos trabalhos. Assustei-me comigo mesma. Essa não minha postura habitual.
Na verdade não quero mais fazer nada. Estou cansada como nunca estive antes em toda a minha vida.
Só tenho vontade de chorar!
Cada vez que sento pra fazer os trabalhos, minha cabeça dói, minhas costas doem, e sinto como se estivesse com um peso enorme em minhas costas.
Estou tendo que aprender a lidar com as minhas próprias limitações teóricas e físicas.
Falta-me vocabulário para expressar-me com mais clareza e sem repetições. Sinal que preciso ler mais. Já não tenho mais dezoito anos e meu corpo não responde às minhas necessidades como eu preciso que o faça.
Penso que nesse semestre tenho aprendido mais sobre mim mesma do que sobre os assuntos que estamos trabalhando.

domingo, 23 de novembro de 2008

Rede de saberes

Hoje concluí com bastante atraso a minha linha do tempo, relacionando as constituições brasileiras e a educação no Brasil. Foi muito trabalhoso elaborar a linha, mas adorei o resultado. Eu tinha uma rejeição muita forte em relação às ferramentas de internet ou qualquer outra que não fosse o word e em língua materna. Como não tinha alternativa tive que fazer.
Aprendi muito sobre mim mesma, durante a realização do trabalho. Precisei me superar tanto em relação ao idioma, quanto em relação ao desgaste físico. Fiquei mais de trinta horas sem dormir, em frente ao pc e mesmo cansada, aprendi.
Também refleti sobre a minha profissão e sobre tudo o que diz respeito as políticas educacionais em nosso país.
Entendi a diferença entre PPP e Regimento escolar, que até então não compreendia.
Pela primeira vez consegui lincar os itens estudados em uma interdisciplina com aqueles vistos em outra, como ecs, oge e oef, por exemplo.
Cada uma delas traz aspectos singulares sobre temas que se entrelaçam, que se encontram, sem se contradizerem. O que li sobre gestão democrática em Org do ensino fundamental ajudou-me a compreender a leitura proposta pela Organização e gestão escolar sobre o financiamento, em contra partida o estuda das constituições auxiliaram-me na compreensão da estrutura da educação nos municípios em que trabalho e a enxergar melhor como estão acontecendo as mudanças previstas em lei para a educação em nosso país.
Assim consegui formar uma rede de saberes muito bem amarrados e que me fazem refletir sobre o meu papel sociedade, como professora e cidadã e a importância da participação de todos nas discussões e decisões relacionadas à educação.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ninho Vazio

Estou fazendo, com atraso, a minha pesquisa para o projeto temático de psicologia. Escolhi como tema o ninho vazio, nome dado a uma dor ou drama que sofrem normalmente as mulheres que se dedicam exclusivamente aos filhos e quando esses crescem e saem de casa, sentem-se perdidas e sem "utilidade". Esse tema tocou forte em mim, porque, mesmo eu tenho muitas atividades, saindo muitas horas de casa, sinto uma dor muito forte só de pensar que meus filhos poderão um dia sair de perto de mim. O pior é que esse dia está muito próximo, visto que eles já são adultos.
Pesquisar sobre o assunto, ler e remexer nisso está servindo para que eu comece a pensar em meus sentimentos e dores em relação à adultez dos meus filhos. Estou entocada, deprimida, com vontade de chorar só de imaginar a situação.
Por outro lado sinto que preciso continuar incentivando-os a voar e fazer suas próprias vidas. Tenho, agora que buscar outras preocupações e outra finalidade para minha existência. Está na hora de cuidar mais de mim, de me conhecer melhor, de ressurgir...
A dor ajuda a crescer. Revirar o que eu não queria mexer está me ajudando a encarar de frente, de peito aberto, a realidade que se aproxima.
Acredito que esse trabalho servirá muito mais para minha vida pessoal do que acadêmica.
A universidade consegue cumprir o papel de auxiliar no meu aprimoramento pessoal. Serei melhor como pessoa, como profissional e como estudante, se for capaz de refletir sobre mim mesma.

domingo, 2 de novembro de 2008

De volta! Mãos à obra!

Estou de volta! Consegui comprar um moldem pra ter uma conexão mais rápida e com maior qualidade. Também mandei arrumar meu computador que andava com vários problemas, além de ter memória e HD muito rudimentares.
Espero conseguir colocar tudo em dia. Sei que posso contar com a equipe de tutores e professores da universidade. Também sei que terei que dar o meu melhor nesse pouco tempo que falta para fazer tudo o que ficou pra trás. Então vamos lá: mãos à obra!

domingo, 21 de setembro de 2008

Está difícil!!!

Continuar na faculdade sem telefone, internet, com carga horária de 60h semanais, três níveis diferentes para estudar e planejar está se tornando uma tarefa insólita. Ainda mais quando há uma forte exigência por trabalhos em grupo, quando não tenho possibilidades de me comunicar com as colegas. Penso em desistir, penso em continuar.... Acredito que estou passando por uma provação desde que iniciei esse curso: a cada semestre aparecem problemas inacreditáveis, que parecem me fazer repensar a minha permanência no pead. Espero ter forças para dar conta de tudo.

domingo, 10 de agosto de 2008

Organização do Tempo

Hoje inicio as postagens de mais um semestre letivo na UFRGS. Pra começar gostaria de escrever um pouco sobre a organização do tempo. Meu tempo diário é quase todo tomado por atividades relacionadas ao meu trabalho. Reservo algum tempo (pequeno, é verdade) para as leituras recomendadas pelas interdisciplinas e o que resta de tempo eu durmo, já que ninguém é de fero. Nos finais de semana, aproveito para cuidar um pouco de mim (manicure, cabelo, depilação), estar com meus filhos, passear (cinema ou baile, normalmente). Sei que dedico pouco tempo para minha família e para o lazer, mas preciso estabelecer prioridades, nesse momento de minha vida. Procuro, então, ter muita qualidade nos momentos em que posso estar com meus filhos. Sou muito feliz naquilo que faço, o que não torna o meu trabalho um fardo pesado a ser carregado com dor. também adoro estudar, o que transforma as atividades da Universidade em prazer. No link abaixo apresento uma tabela com a organização do meu tempo diário para o segundo semestre de 2008.
http://marciarysdyk.pbwiki.com/Tabela+de+Organização+do+Tempo

domingo, 6 de julho de 2008

Reflexão Síntese

No Eixo IV trabalhamos com linguagens de interpretação e representação do mundo em Matemática, Estudos Sociais, Ciências Naturais, Tecnologias da Informação e Comunicação (para os alunos da turma 2007/1) e o Seminário Integrador. Em cada uma delas, os conceitos de espaço ou tempo foram trabalhados de diferentes formas.
O desafio da síntese do Portfólio de Aprendizagens é apresentar o que você aprendeu sobre os conceitos de espaço ou tempo.


Saber que tempo e espaço são noções construídas a partir de vivências simples e que essas noções possuem estágios de desenvolvimento foi muito significativo pra mim. Nunca havia feito trabalhos como os que nos são sugeridos no livro de estudos sociais, porque não sabia pra que serviria aquele tipo de atividade para a aprendizagem da leitura e da escrita. Agora sei que essas noções e relações de tempo e espaço iram dar suporte ao aprendizado da lecto-escrita e que sem elas será impossível às crianças aprenderem a ler e escrever. Entendo mais profundamente, depois dos estudos realizados o quanto nos faz falta um bom embasamento teórico. Eu trabalhava as relações espaciais apresentadas no livro dentro do conteúdo de matemática, porque entendia ser importante para a construção do número e das operações matemáticas, mas também não sabia direito o porquê fazia daquela forma. As leituras e atividades que realizei nesse semestre deram-me suporte para eu mesma criar atividades a partir da realidade das escolas em que trabalho e tornar mais significativa e efetiva a aprendizagem dos meus alunos. Até aqui, eu copiava dos livros (muitas vezes um material inadequado e distante da vida real das crianças) e achava que assim estava bom. Posso fazer uma análise crítica da minha prática profissional a respeito das propostas de trabalho que trazia e trago para meus alunos e verificar a eficácia dessas na aprendizagem deles. Impressionante foram as novas possibilidades que surgiram, pois não foram só em relação a esses dois conceitos que observei mudanças e progressos. A minha forma de ver, ouvir e propor atividades às crianças. Há uma maior participação dos alunos nas decisões sobre o que estudar, quando e como. Um exemplo disso foi a horta da escola, que por sugestão deles começamos a fazer. Iniciamos com um canteiro, com a intenção de ampliar a cada quinzena, mas aconteceu um imprevisto que desviou as atenções da galerinha: as mudas plantadas estavam sendo devoradas por lagartas. Eu poderia ter colocado veneno e tudo estaria resolvido. Mas meus alunos estavam curiosos por saber de onde tinham vindo os animais. A partir daí, passamos a observar a vida da lagarta, em todos os estágios e eles descobriram como se dá a metamorfose da borboleta, sem que eu precisasse dizer muita coisa. O trabalho durou mais de um mês e além do nascimento da borboleta, aprenderam a ler rapidamente, escreveram textos e frases sobre o assunto, fizeram desenhos com toda a seqüência de vida do animalzinho, formularam hipóteses, checaram, concluíram... Aprenderam a trabalhar no processador de texto do computador, envolveram suas famílias nesse trabalho. Eu trabalhava os conceitos de tempo e espaço, fazendo relatórios e desenhos do processo observado, trabalhava os ciclos da natureza. Eles aprendiam a observar os detalhes da vida, aprendiam a ler as letras, os números, as imagens, o meio ambiente e a própria vida. E eu estava aprendendo a ver e ouvir o mundo que me cerca. Aprendendo a entender a vida e a vivê-la com mais intensidade e segurança.


De tudo o que você viu, ouviu, participou, escreveu, pensou e fez no Eixo IV, o que você destaca como mais importante para a sua aprendizagem pessoal ou profissional?

Releia o seu blog/portfólio e, das postagens, destaque as aprendizagens mais importantes para a sua formação como estudante do PEAD e/ou como professor que aplicou essas idéias na sua escola ou na sua sala de aula.

Ao destacar a aprendizagem (ou aprendizagens) mais importante, apresente argumentos que justifiquem a sua escolha do ponto de vista pessoal ou profissional.


Aprendi que o impossível só existe se a gente acreditar nisso. Que temos força pra suportar tudo o que a vida nos traz. Que nada acontece por acaso. Que não completei meus estudos antes, porque o faria na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Que errar faz parte do processo de aprendizagem. Que dormir é importante. Que sonhar é imprescindível. Que brincar é indispensável. Que sorrir revitaliza. Que o otimismo é a chave do sucesso. Que sem outro não dá pra viver. Esses e outros aprendizados importantes estão operando em mim ao longo dos semestres e dos desafios que me são lançados. Nesse semestre precisei desafiar o tempo. Trabalhando 60 horas por semana, sem contar os sábados em que tive que estar nas escolas, sobrava-me apenas os domingos para fazer os trabalhos propostos pelas interdisciplinas e para baixar todo o material sugerido. O semestre está acabando e eu consegui realizar tudo. Tenho consciência que poderia ser melhor ou dentro dos prazos estabelecidos, mas acredito que perder o horário do vôo não seja o maior impedimento para perder o passeio, outro vôo virá. O mais importante é a qualidade da viagem. E com a qualidade do meu trabalho eu tive cuidado. Confesso que foi difícil, mas trouxe muita satisfação pessoal e profissional. Aprendi a me organizar melhor, a aproveitar melhor o tempo, otimizar as atividades. Ainda tenho muito que aprender em relação a isso, mas sei que estou no caminho certo. E quando parecia que eu não tinha mais forças, eu lembrava das palavras da professora de música e cantava ou colocava uma música bonita pra tocar. Eu voltava a sorrir e acreditar que daria conta do riscado. Descobri, mais uma vez, que tenho com quem contar na universidade e no pólo, que há pessoas geniais prontas pra nos auxiliar. Ainda preciso aprender a solicitar ajuda com mais rapidez e não deixar os prazos se esgotarem para fazê-lo. Mas isso, deixo para o próximo semestre. As maiores aprendizagens foram em relação à minha postura diante da vida e da minha profissão. A mulher-professora que sai desse período com certeza não é a mesma que entrou.

No Seminário Integrador IV você propôs um Plano Individual de Estudos. Mostre os caminhos que você percorreu ao pensar objetivos para si.
Você recebeu comentários sobre o PIE, participou da aula, ouviu considerações sobre os planos de estudos, leu comentários em outros Portfólios de Aprendizagem. Isso contribuiu para pensar o seu Plano Individual de Estudos?
Então, o que foi mais relevante nesse percurso?


Procurei elaborar um plano possível de ser executado, uma vez que possuo pouco tempo. Também priorizei objetivos que fossem significativos tanto em minha vida pessoal como na profissional (dando maior ênfase a essa última). Passei, então, a pensar que aspectos da minha prática docente precisavam ser aprofundados, que conhecimentos eu precisava buscar para desenvolver melhor o meu trabalho e tornar significativa a aprendizagem dos meus alunos. Parei e fiz uma análise reflexiva sobre vários aspectos da minha vida pessoal (o tempo, atividades diárias, dificuldades com a informática e com a aprendizagem dos meus alunos, minha postura diante da realidade, minha família, minha casa). A partir daí, tracei como objetivo o aprendizado que considero indispensável para qualificar e facilitar minha atividade docente.
O mais relevante foi parar pra pensar e elaborar o plano. Eu nunca paro para planejar minha vida. Eu planejo as minhas aulas. Na vida real eu corro atrás dos meus sonhos, cumprindo aquilo que vem se apresentando, vivendo um dia após o outro tal qual eles chegam, sem pensar muito no que fiz ou deixei de fazer. O interessante nesse processo foi exatamente isso: parar e pensar o que fazer, sem que isso fosse imposto por uma dificuldade ou um problema a ser resolvido. No início, encarei como mais uma atividade do curso. Tive muita dificuldade pra pensar e escrever o plano. Somente depois de muito tempo é que entendi o valor dessa atividade pra minha vida. Ainda não paro pra planejar os próximos passos, mas já sinto necessidade de refletir sobre minha vida. Acho que isso já é um bom começo.

Plano de Estudos


Plano Individual de Estudos:


Objetivos:

Aprofundar os estudos sobre:

O aprendizado das quatro operações (valorizando e pesquisando as diferentes estratégias de cálculo mental e a organização das operações com decomposição de numerais), aplicando à prática pedagógica;
Noções de tempo e espaço aplicados à prática pedagógica;
Ampliar os conhecimentos de informática, principalmente em relação às ferramentas de internet, excell, paint e atalhos do teclado;

Sites e softwares educativos.


Recursos e Estratégias:

· Realizar leituras referenciais sobre operações, estratégias de cálculo mental, operações com decomposição de numerais, noções de tempo e espaço, utilização do computador;
· Pesquisar metodologias e procedimentos que possibilitem o trabalho docente, envolvendo cálculo mental, decomposição de numerais como estratégia de entendimento das quatro operações, noções de tempo e espaço. Participar de eventos que possibilitem trocas com outros colegas que trabalhem com EJA e ensino regular nas Séries Iniciais e estejam engajados nessa proposta, que valoriza uma outra forma de trabalhar a matemática, relacionando-a à vida cotidiana;
· Pesquisar bibliografia a respeito dos assuntos a serem estudados;
· Incluir no planejamento das aulas com as turmas de EJA e 2º ano do EF, práticas que vislumbrem o aprendizado dentro dessa nova perspectiva matemática e possibilitem aos alunos a construção eficaz das noções de tempo e espaço;
· Utilizar os conhecimentos de informática estudados para facilitar e agilizar a elaboração dos trabalhos da faculdade e os materiais das escolas.
· Utilizar a informática no desenvolvimento da prática docente na EJA e Ensino Fundamental



Evidências:

Registrar as aprendizagens e as trocas realizadas durante o processo de execução do plano no blog, pbwiki (em página específica), utilizando relatórios elaborados pelos alunos, fotografias, participação em fóruns e debates, apresentação de trabalhos em cursos de formação docente.


Prazos, Ações e Evidências:

Meses de maio, junho e julho de 2008.
Será criado um power point no qual estarão colocados imagens e textos, que mostrarão o desenvolvimento desse plano de estudos.

sábado, 24 de maio de 2008

Teoria e Prática

Não sabia que havia estágio de desenvolvimento das noções de tempo e espaço e muito menos que esses poderiam ser ‘medidos’ através de atividades tão simples, como as que são propostas no livro utilizado na interdisciplina de Estudos Sociais.
Ao realizar algumas dessas propostas de trabalho e observar meus alunos, ouvir suas respostas, pude sentir o quanto ter uma prática embasada em boa teoria é importante para que o nosso trabalho seja capaz de afetuar mudanças substanciais na compreensão que nossos alunos têm da vida, de sua própria história e do grupo social ao qual faz parte, podendo com isso, realizar a transformação de que tanto falamos.
Ler os textos foi muito importante pra mim. Fazer as atividades junto com meus alunos também, pois complementou na prática o que aprendia na teoria. Essas leituras e trabalhos estão ressignificando o meu entendimento da disciplina de Estudos Sociais no Ensino Fundamental. Há muito o que fazer, pois muitas vezes a idade cronológica dos alunos não corresponde ao estágio que deveriam estar em relação ao desenvolvimento das noções de tempo e espaço (tão importantes para compreensão do mundo no qual estamos inseridos) e é nosso dever trabalhar essas noções com os pequenos.
Lá estou incluindo outras atividades em meus planejamentos de aula futuras, visando desenvolver tais habilidades não só nos pequenos, mas na turma de EJA, que também demonstrou defasagem em relação aos conceitos estudados.

domingo, 11 de maio de 2008

Mudança à vista!

Adorei o livro recomendado em ES. Já li uma boa parte e pretendo utilizá-lo para embasar minha prática nas escolas onde trabalho.

Confesso que quase não trabalho com estudos sociais com meus alunos, mesmo reconhecendo a importância dessa disciplina para o crescimento pessoal deles.

Mas, vítima de uma educação centrada nas questões de leitura e escrita e matemática, acabo priorizando o estudo das disciplinas que tratam diretamente dessas questões.

Essa interdisciplina está me fazendo questionar minha prática, repensar o que faço e proponho aos meus alunos e com certeza, trará mudanças significativas a minha vida como professora.

Luta Interna

Tenho travado uma guerra interna, desde que iniciou a interdisciplina de Tecnologias de Comunicação e Informação. Pra mim Computador não passava de uma máquina de escrever moderna até iniciar esse curso na UFRGS.

Tenho sofrido muito para aprender a mexer com tudo o que me tem sido exigido na faculdade.

Agora pra aumentar o meu conflito, tenho que fazer linhas de tempo em sites específicos, escanear e inserir fotos nessa linha e avaliar sofwares educativos, sem nunca tê-los utilizados e pior, sem entender o seu real valor na aprendizagem dos meus alunos.

Uma grande mistura de sentimentos me esmaga. Ter o entendimento da importância de inserir meus alunos e a mim mesma nesse mundo informatizado e veloz, e ao mesmo tempo lidar com o medo que tenho do novo e do desconhecido.

Sei que sentirei uma sensação prazerosa se conseguir superar os meus medos e inseguranças. Mas até lá, tenho muitos espinhos e pedras me machucando e provocando dor. Também entendo que essa dor é necessária para o meu crescimento e que deveria tentar relaxar em relação a essas questões, mas ainda não consigo ter controle sobre essas reações internas.

Até aqui tem valido a pena superar cada desafio.

Espero dar conta de mais esse.

Cientificamente

Ao realizar os estudos nessa interdisciplina, descobri que sou muito negligente com o estudo das ciências naturais.

Falta-me teoria e coragem para alçar vôo numa prática docente emancipadora, que permita maior autonomia e liberdade aos alunos. Talvez tenha medo de perder o domínio da classe, sei lá...

O fato é que estudar o mundo que nos cerca é indispensável para o entendimento de nosso papel nesse lugar que ocupamos.

Havia coisas que não tinha consciência ainda, como a representação que fazemos do mundo e repassamos aos nossos, a influência da mídia e dos esteriótipos por ela criados, que nós introjetamos, sem questionamento e também empurramos às crianças.

Ainda estou insegura, com medo, mas com certeza, vou pensar mais sobre isso e incluir essas questões nos meus próximos planejamentos docentes.

Revendo Conceitos

Apesar das dificuldades em relação ao tempo, tenho curtido muito as atividades de matemática. Leio todos os textos e jogo todos os jogos propostos.

Tenho aproveitado as leituras e atividades realizadas para refletir sobre a minha prática em relação a alguns conceitos matemáticos como classificação, seriação e numeração (principalmente). Vejo que ainda estou muito presa às questões da aquisição da leitura e da escrita, esquecendo de aprofundar o trabalho na área matemática.

Está sendo importante pra mim, rever alguns conceitos e mudar meus paradigmas em relação à prática docente.

Primeira Inserção

Hoje, faço minha primeira inserção nesse blog. E só estou aqui porque essa é mais uma atividade obrigatória, entre as muitas que tenho que fazer. Não fosse isso, talvez nem criaria esse blog.

Diferente do semestre passado, em que meu tempo era mais estendido e podia me dedicar mais à faculdade, esse ano estou sem tempo até pra descansar e curtir minha família.

Entendo a posição dos professores nessa exigência, afinal um curso à distância deve proporcionar aos alunos o máximo de contato possível com as diferentes ferramentas e sites disponíveis para os usuários de pc's.

Fazendo as coisas assim, sinto-me como uma máquina programada para realizar tarefas, ou um operário de fábrica, com uma longa listagem de atividades para cumprir em um tempo pré-determinado.

Não é culpa dos profe's, nem da Universidade.

Estou assim por questões bem particulares, mas acho importante registrar como me sinto nesse momento de minha vida e como isso tudo está se manifestando em minha trajetória no curso.