domingo, 19 de abril de 2009

Contradição ou falta de conhecimento teórico?

Lendo o polígrafo sobre modelos epistemológicos e modelos pedagógicos, observei que há uma enorme lacuna entre o que eu penso, o que eu digo e o que eu faço. Então tentei fazer uma analogia a respeito disso pra entender porque isso acontece. Cheguei a conclusão que não sei exatamente a resposta! Mas tenho algumas pistas: Ainda não me apropriei da teoria, por isso me contradigo.
Acredito que a pedagogia relacional tem o pressuposto epistemológico mais adequado para que a apredizagem seja mais significativa, mas é preciso que eu o estude mais para agir de acordo com ele no meu cotidiano (docente ou não). É necessário que me aproprie desse saber para modificar minha prática. O meu discurso deixa bem clara essa confusão de modelos em minha cabeça...
Já sabia que nós professores estávamos a serviço de determinadas ideologias, mantendo as relações de poder estabelecidas pela maioria, sem que tivéssemos consciência disso.
No texto do Professor Fernando Becker pude entender como isso acontece, e fiquei preocupada. Meus gestos e ações em sala de aula podem determinar que tipo de sujeito social estou ajudando a formar e consequentemente que modelo e que regime político estou ratificando na comunidade em que trabalho.
E pra piorar a confusão, entram em cena os modelos com os quais fui educada e ensinada e que estão muito presentes em minha vida, determinando muito do meu jeito de atuar e pensar minha prática docente.
Sei que há muito o ler e estudar, mas já é um bom começo entender porque ler e estudar.

Salão de Graduação

Vejam só como são as coisas!

Nunca pensei que um trabalho que fiz lá na vila, com meus alunos (quase bebês!) poderia um dia, ser cogitado para ser apresentado num espaço, onde a meu ver, só os "feras" da Universidade podem estar. Eu sei que não sou nenhuma fera! Mas uma "loba"apaixonada pelo trabalho, pelos alunos, pelos estudos e pela vida, lá isso eu sou.
Pois o projeto que desenvolvi com as crianças da EMEI Girassol sobre o Arroio Gauchinho está quase lá.

Entendo que esse espaço é pra evidenciar nossas aprendizagens no curso, mas tenho que salientar que pra mim, esse blog funciona como grito. Vou explicar: aqui, grito se estou contente ou descontente com a UFRGS, comigo mesma ou com algum mestre ou interdisciplina ou com alguma atividade proposta; grito se estou feliz, por meus progressos e aprendizagens, grito quando preciso de socorro em minhas inquietações. E apesar de silenciosos, meus gritos tem sido ouvidos, acalmados e aplaudidos.
Sei que muitas vezes esse meu jeito de expressar o que penso incomoda algumas pessoas. Mas esse jeito faz parte da minha identidade, por isso não pode ser modificado por completo, apenas alterado, quando necessário...

Hoje, meu grito é de satisfação, por ver reconhecido um trabalho, que nem eu mesma sabia que tinha tanto valor.

Esse depoimento (sim porque é um depoimento) tem o objetivo agradecer, em especial a Profe Marie Jane pelo apoio e aposta em mim e no meu trabalho e também a profe Doris, que mal chegou e já está tendo que aguentar a minha choradeira e pedidos de socorro, em pleno final de semana.
Espero, sinceramente, não decepcionar.



Não vou colocar marcador nessa postagem, pois é pessoal. É só mais um grito, que nem precisa ser ouvido, mas que é imprescindível que seja dado.

domingo, 12 de abril de 2009

Dando o braço a torcer

Depois de muito brigar com wiki's e cia, tenho que admitir posso aprender muito com eles e que há muita coisa boa nas páginas do pbwiki. Visitando os wikis dos grupos de PA aprendi muito sobre vários assuntos e compreendi o que só agora li no comentário do preofe Leonardo: ganhar ou perder tempo é uma questão de leitura do que faço com o meu tempo. Aprender, por mais dolorido que seja, nunca é uma perda de tempo, mesmo que assim o pareça, num primeiro momento. Aprendi bastante sobre wiki's naquele dia doído em que tive que refazer o meu wiki pessoal. E foi tão bom ver o resultado final, que resolvi fazer um wiki pra escola em que trabalho à tarde, para nele mostrar o que estamos produzindo, enquanto escola. Ele ainda está em construção, mas já passei o endereço para minhas colegas e estou disposta a ensinar o pouco que já aprendi para que elas possam postar as produções de suas turmas, engrandecendo assim, o trabalho que realizamos na escola. Preciso "dar o braço a torcer": tudo o que modifica e faz pensar, tudo que nos ensina e proporciona nosso aprimoramento tem valor sim, e muito valor. e que venham os novos desafios!