quarta-feira, 4 de novembro de 2009

FENIX

Sou como o pássaro mitológico. Carrego muito peso, entro em combustão, chego a morrer e renasço das cinzas espantosamente... Pode parecer prepotência, vaidade, falta de modéstia ou humildade. Mas ao me comparar com tão forte e aguerrida ave, falo a mim mesma que é possível, até quando parece utópico, é possível! Pensei que dessa vez não iria suportar a pressão! Sinceramente achei que era o fim. Mas consegui acalmar os doentes e as doenças, dar colo e alimento aos filhos, encaminhar os alunos, ir ao céu e ao inferno e até deixar o sonho jogado no sofá da sala. Mas, como sem o sonho, não há o que realizar, agora o retomo... Sei que o que escrevo pode parecer fora de contexto. Mas aqui mesmo nesse curso, nessa universidade, aprendi que ver, ouvir e entender o contexto no qual o aluno está inserido é vital para que o professor consiga estabelecer uma relação em que haja interlocução e entendimento. Eis aqui um relato metafórico do meu com-texto atual. E escrevo aqui essa realidade para que eu mesma posso decifrá-la, entendê-la, desmembrá-la e modificá-la na velocidade necessária à realização da sonho, no tempo possível à completude da caminhada.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um começo de atrapalhação?

Realmente temos muito o que fazer! Estou um pouco desorganizada... Sorte que tutoras e profes estão tendo a sensibilidade de nos dar prazos mais estendidos para realização das tarefas. Continuo com dificuldades em relação aos PA'S e aos filmes que tenho que ver... Mas vou conseguir dar conta de tudo. Foi um pequeno deslize em função do cansaço da carga de trabalho (todos os sábados com aula para recuperar o recesso da gripe) e da grande quantidade de leituras que estamos tendo que fazer. Mas como já disso, não vitória sem luta, nem aprendizagem sem dificuldade e conflito. Vou vencer mais esse!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Interdisciplinar! Impressionante!

Impressionante mesmo! Não sei como nem porque só agora resolvi falar desse assunto.

É claro que sei que as interdisciplinas são organizadas por eixos e esses têm núcleos comuns.

Talvez porque a Inter de Didática esteja nos "cutucando" com seus textos, ou porque eu esteja mais engajada

nesse do que em outros semestres... Sei lá!

O fato é que notei a intersecção entre os assuntos tratados nesse eixo. Já tinha observado essa relação

estabelecida nos outros eixos, mas a meu ver, essa é bem maior do que a dos demais.

Consigo linkar com tanta naturalidade o que leio em uma interdisciplina com o material de outra, que chego a me confudir, às vezes,

sobre pra qual estou lendo determinado texto. Aí, me dou conta que não leio pra elas e sim pra mim mesma.

Hoje, retomando as leituras de EJA e Didática, observei esse "fenômeno" com muita clareza e

pude ver na prática como funciona um trabalho interdisciplinar.

Os questionamentos sobre o trabalho dos professores e a função da escola, as relações de poder e entre os modelos de

produção e os educacionais são retomadas sob um outro olhar e oputro enfoque,

de forma sublinhar, no texto da EJA.

Incrível como um texto me ajudou a entender e qualificar a leitura do outro de maneira recíproca e singular.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Planejar é muito importante!

Hoje postei algumas atividades no rooda, entre elas as da interdisciplina de didática. Primeiro quero deixar registrado o prazer de realizar tarefas aparentemente simples, baseadas em textos curtos e objetivos, mas que me obrigaram a repensar minha prática. É a prova de que não precisamos de longos e cansativos textos para aprender e refletir sobre a nossa prática. Bem, encantou-me descobrir que na Idade Média um professor já se preocupava com aspectos importantes da educação que até hoje são discutidos, como levar em conta o conhecimento e a participação do aluno no processo ensino aprendizagem, ou tornar as aulas mais prazerosas, ou a necessidade de existir uma boa relação entre professores e alunos, entre outras... Penso que após tantos séculos de discussão e reflexão sobre isso deveríamos ter avançado mais e essas questões não deveriam estar na pauta das nossas discussões, enquanto instituição de ensino, já eram pra ter sido aprendidas... Como podemos esperar mudança de comportamento dos nossas alunos a partir do que aprendem na escola se não somos capazes nós mesmos de por em prática o que pregamos ou estudamos? Num segundo momento, li o texto que trata do planejamento escolar e me dei conta de que faltam itens importantes no meu planejamento docente. Itens esses que precisam estar impressos, como objetivos, justificativa e avaliação do trabalho feito por mim e pelos alunos. Registrar por escrito esses itens ou fazer um planejamento por completo pode ser a única forma de qualificar meu trabalho e viabilizar uma aprendizagem mais eficaz e efetiva aos meus alunos. Algo dentro de mim se mexeu...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Criação de grupo no rooda

Hoje tive que criar um grupo de trabalho no rooda. Quando abri meu e-mail e li a solicitação da tutora, pensei: Lá vem elas com mais coisas complicadas e diferentes pra gente fazer! Mas me enganei! Fui pro rooda e, mesmo sem ter todas as informações e instruções sobre como será o grupo consegui fazê-lo, usando informações hipotéticas, inicialmente. Mas ele está criado e pode ser editado. O aprendizado inicial era a criação e isso eu fiz, sem maiores dificuldades. Agora é editá-lo de acordo com a solicitação da professora e das tutoras que tudo estará bem, eu espero. Senão, penso que posso excluir esse e criar outro. Se consegui uma vez, conseguirei novamente, não é?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aula presencial!

A aula "tava" show! Nossa como a profe Iole entende do assunto... Fiquei impressionada com o domínio que ela tem das questões que envolvem alfabetização letramento... Acho que vou aprender bastante com ela, sem contar que esse é um assunto que me instiga, já que trabalhei muito tempo com turmas de alfabetização de crianças e atualmente estou com o desafio de alfabetizar adultos. Fiquei vidrada em tudo o que ela falou, minha vontade era de gravar cada palavra, cada respiração, na tentativa de absorver todo aquele conhecimento pra dentro de mim. Mas como bem disse a profe Jaqueline, control C, control V não vale, terei mesmo que conviver virtualmente, ler, buscar, perguntar, responder, se quiser saber um pouco mais sobre alfabetização, letramento e o mundo da escrita e da leitura.

Sigo na espectativa pela interdisciplina de EJA, que tenho certeza, unida a de Linguagem farão a grande diferença no meu momento profissional.
Consegui também, agradecer à profe Marie Jane pelo apoio e aprendizado que me proporcionou no primeiro semestre, quando me incentivou e auxiliou na apresentação no Salão de Graduação. Já tinha agradecido via e-mail, blog etc, mas pessoalmente, ainda não tinha tido oportunidade.
Fiquei muito feliz com o retorno da profe Jaqueline, porque ela é uma profe que vibra com o que faz e mostra isso no brilho do olhar quando fala do cotidiano profissional. Foi bom chegar lá e receber um abraço carinhoso dela.
Também a Catia e a Patricia, duas tutores maravilhosas vieram me abraçar... Esse acolhimento, esse carinho dos professores e tutores nos fazem sentir importantes... É mais que isso: ver o teu trabalho docente e acadêmico reconhecido e sair do anonimato que o teclado por vezes nos impõe é indispensável pra recarregar energias e reencontrar a razão de ser professor e aluno.

Um novo tempo

Hoje consegui ler três textos e um PPt das interdisciplinas desse novo semestre letivo na Universidade. Texto simples, de linguagem clara como O menininho, por exemplo, proposto pela interdisciplina de Didática, que me emocionou muito, pela forma inteligente com que a autora usou a metáfora, quase poética, pra mostrar o poder que temos, enquanto professoras(es) de aprisionar ou libertar uma vida.

Um texto que fala de prisão sem citar as grades e que mostra um pequeno ser aprisionado pela ação nefasta do outro. Um outro que não necessariamente o prende ou mata tendo consciência do que faz, mas que vê, e na maioria das vezes com orgulho, nas consequências de sua ação o acerto, a correção.
No mesmo texto, compartilhando o mesmo ofício, a imagem do educador que liberta pelo respeito ao outro, que não escolhe o caminho, mas caminha junto na estrada escolhida por todos...
Podemos ser qualquer uma (um) dessas(es) professoras(es) apresentadas na "historinha", tão bem escrita... Somos livres pra escolher... Mas como é importante alguém nos oferecer um texto, um história (simples, pequena, profunda) pra que tenhamos a oportunidade de enxergar o resultado das nossas escolhas na nossa vida e na vida de outrem...
Amei o texto! A emoção dominou meus olhos e coração a cada linha lida. Ao final, senti-me questionada, perturbada, aterrorizada, perguntando-me sem cessar em qual desses perfis apresentados eu estou incluída? Será que tenho um pouco de cada uma delas? Será que trago em mim mais de uma que da outra? Qual das duas professoras se manifesta com maior força e freqüência no meu cotidiano escolar? Achei algumas respostas, outras ainda procuro...
Mas o certo é que esse texto ficou de alguma forma tatuado em mim, e foi o impulso pra ler outros dois da interdisciplina de EJA, na tentativa de encontrar algumas soluções pras minhas inquietações atuais em relação a turma com a qual iniciei o trabalho em agosto e fugir daquele modelo homicida que vi (e li) no texto de Helen Buckley.
Também li (e vi) o ppt que resume as arquiteturas pedagógicas. Confesso que inicialmente não entendi direito, porque talvez devesse ter lido os textos completos primeiro, mas no final começava a desenhar com um pouco mais de clareza o que são e pra que servem essas tais "arquiteturas".
O bacana de ter visto o ppt primeiro, foi que fiquei muito curiosa pra saber mais e isso me instigou a ler os outros textos do Seminário Integrador. Já baixei todos, mas terminou a tinta da impressora... Como tenho dificuldade em ler na tela do computador, vou sair agora pra comprar cartuchos novos e imprimir esse tesouro...
Esse semestre está começando muito bem pra mim. Espero que esse entusiasmo, que essa curiosidade sejam mais fortes que o cansaço, numa rotina de 60 horas semanais com alunos e em escolas distantes de casa...
Quero (e vou) chegar no final com a mesma disposição desse início.
Sinto os assuntos das interdisciplinas navegando no meu sangue, invadindo minha pele... E estou feliz por isso! estou recuperando a alegria de viver e estudar...
Por isso acho que devo agradecer a Universidade!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ontem e hoje, uma rede de ideias...

Tive um primeiro semestre difícil esse ano. Não pelos desafios propostos pela universidade, mas pelos desencontros e dificuldades impostos pela vida. Felizmente, pude concluir todas as atividades, resolver todos os problemas, organizar a bagunça em que tinha transformado minha vida.
Agora, realizo o sonho de trabalhar em Porto Alegre, enfrentando as dificuldades que toda a adaptação nos impõem. Minha filha inicia o estágio curricular da Pedagogia (pela UFRGS) e terei que ser mais mãe do que nunca...
Sei que será um semestre repleto de novidades e aprendizagens, tanto na Universidade quanto na vida, estou ansiosa para que o movimento acadêmico mexa com minhas estruturas, balance minhas certezas, acomode meus conflitos, porque quero (e vou conseguir) levantar mais uma taça no final: a taça de vencedora de mais essa etapa. E nesse turbilhão de sentimentos que sempre me desacomodam a cada ciclo, a cada semestre, a cada mês, a cada dia, me sinto mais forte e mais feliz.
E como não acredito em aprendizagem sem um mínimo de dor, que ela venha e que com ela venha também a alegria de estar no lugar certo, na hora certa para ser feliz!

domingo, 23 de agosto de 2009

Formatura Eja - Emoção!

Hoje trago com satisfação a minha alegria e emoção...
Ser professor nos proporciona momentos singulares...
No final de julho desse ano, mais uma turma da etapa 4 concluia sua trajetória na Escola. Agora, eles iriam trilhar novos caminhos... E estavam prontos pra isso: confiantes, seguros, felizes, orgulhosos, ansiosos. E eu, sendo a profe dessa galera, compartilhava com eles esses mesmos sentimentos. Não era só a sensação do dever cumprido. Era emoção pura! Parecia que eu estava me formando! Ma spenso que a cada vitória de um aluino nosso, soma-se uma vitória nossa também, porque somos parte dos seus sonhos e ajudamos ne realização dos mesmos. Nossa escola não tem as séries finais do Ensino Fundamental, por isso os alunos que concluem a etapa 4, saem da escola evão estudar em uma escola próxima, a fim de concluir o o "1° Grau" termo usado por eles pra nomear a modalidade na qual estão matriculados.
Na EJA, não ensinamos apenas conteúdos... Há sempre um trabalho muito especial a ser feito: mostrar aos alunos que são capazes, que o que os diferencia das crianças, enquanto alunos, é a idade e os compromissos cotidianos. Mas a capacidade de aprender está presente em cada um. Que eles só têm que acreditar nisso. Que sonhar é preciso e realizar os sonhos é perfeitamente possível, independente da nossa idade.
Fiz um vídeo com as imagens da formatura, que agora está disponivel na internet (há um link no cantinho "Meus Espaços no Web") para que todos possam ver o que sentimos quando realizamos um grande sonho.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Como encarar essa realidade?

Tive tantos problemas com senhas e depois com o processo de postagem desse material, que quase desisti. Às vezes penso que tem uma força sobrenatural me empurrando pra longe...Ainda falta uma parte do material, que relaciona esse caso com o apresentado no filme " A História de Peter". Confesso, que não gostaria de tecer comentários sobre Peter, pois se eu resolver ser sincera, talvez não seja entendida. Mas houve muitos momentos em que tinha vontade de dar umas boas chineladas nele. Acho que ainda preciso pensar mais... Já assisti o filme 3 vezes e sempre me surpreendo com minhas reações diante das atitudes do menino. Não sei se afetivamente, estou preparada para atender um aluno como ele. Mas tem sido importante ler e ver esses documentos. Isso tudo tem me feito acordar pra questões que não tinha me dado conta ainda. Ta na hora de estudar mais, ler mais, saber mais, conhecer, conviver mais com esses alunos ditos diferentes (ou especiais, como quiser) pra acabar de uma vez com esse medo e com esse preconceito em relação a eles.

domingo, 7 de junho de 2009

Resumo do trabalho apresentado no Salão

Projeto: Arroio Gauchinho – Uma proposta de Educação Ambiental no BerçárioII
Marcia Regina de Azeredo Rysdyk

Resumo
Esse trabalho é o relato do Projeto Arroio Gauchinho, desenvolvido em junho de 2008 com crianças de 2 a 3 anos, alunos da EMEI Girassol, moradoras da Vila Brás, bairro da periferia de São Leopoldo. O projeto foi desenvolvido com o Berçário II para atender duas demandas afins: (1) a preservação do Arroio Gauchinho (SEMAE solicitou que a escola trabalhasse a preservação dos mananciais da cidade) e; (2) os ciclos da natureza (desafio proposto pela Interdisciplina de Ciências, do PEAD – UFRGS). O trabalho começou com a contação de uma história. O tema foi explorado de forma séria e, ao mesmo tempo, lúdica, relacionando várias atividades, entre as quais realizamos uma visita ao Arroio Gauchinho. Com esse trabalho a turma amadureceu muito, melhorou a linguagem, ampliou vocabulário, passou a se preocupar com o destino do lixo que produzia, descobriu mais um espaço do bairro e aprendeu a valorizar a natureza. A escola passou a respeitar mais o trabalho realizado no Berçário II, anteriormente visto como espaço restrito a cuidar e brincar com os alunos. Mudei a minha maneira de encarar o meu trabalho. Aprendi a trabalhar com projetos de aprendizagem e passei a valorizar mais os referenciais teóricos que nos chegam através da Universidade. O trabalho em sala de aula é conseqüência da convergência de muitos fatores, entre o quais destaco: conhecimento, investimento docente, respeito e confiança na capacidade dos alunos.

domingo, 31 de maio de 2009

Ta complicado!

Sei que a maioria da colegas enfrenta problemas com a falta de tempo, com o excesso de compromissos. Mas também sei que cada um de nós tem consciência de suas limitações, mesmo quando não as reconhece. Uso esse espaço pra dizer que estou exausta! Não das exigências da Universidade, pois penso serem importantes para o nosso crescimento pessoal e profissional, mas a vida tem me colocado à prova o tempo todo nos últimos meses e meu corpo físico já não está mais aguentando tanto esforço e a vida desregrada que tenho levado.
Tenho enfrentado uma maratona para a qual não estava preparada.
Uma mãe doente (linfoma), que chora minha falta a mais de dois mil quilômetros daqui.
Três filhos que precisam de mim, com os quais me preocupo 24 horas por dia.
Três escolas, três turnos, três turmas de três níveis diferentes que me exigem dedicação não só no tempo que estou lá, mas nas horas que deveriam ser de folga e descanso, pois penso que os questionamentos que faço, os desafios que proponho, os recursos que disponibilizo, as atividades que preparo e a minha disposição em fazer um investimento na aprendizagem dos meus alunos fará a diferença no processo de construção do conhecimento deles. Sei que meu papel é importante e não posso negligenciá-lo.
Tenho uma casa para administrar sozinha e com pouca grana.
Uma compulsão grave e séria pra curar ( e essa está me causado muita dor e stress).
Aliado a tudo isso, meu corpo começa a dar sinais de cansaço. Não reage mais com a mesma prontidão aos estímulos, se nega a funcionar e me põe de cama por qualquer vírus idiota que resolve visitá-lo. Tenho estado doente o tempo todo.
Uma gripe, que curava em dois dias, agora me acompanha a mais de 15 dias e nem sinal de sair de mim. Estou com dificuldades pra fazer cocô, xixi. Contraí conjuntivite, candidíase (por 3 vezes nos últimos 3 meses), herpes bucal, além da queda de cabelo.
Sei que preciso reduzir o ritmo, mas parar com o quê?
Também sei que muitas colegas de profissão passam por dificuldades semelhantes às minhas, mas falar sobre isso é importante pra me ajudar a resolver isso.
A duas semanas "meu motor" engasgou e fui procurar ajuda de uma profissional de psicologia. Estou tomando antidepressivo, consultando uma vez por semana pra tentar seguir meu caminho, sem sofrimentos maiores.
Entendo que esse espaço é pra postar minhas inquietações a respeito da minha trajetória no curso, mas não há como separar a Marcia estudante da mulher, mãe, professora.
Estou feliz pelas vitórias que tenho conquistado e muito preocupada em não deixar que o excesso de trabalho e preocupações me desviem ou me façam desistir dos meus objetivos.
Essa postagem é um pedido de socorro, de ajuda, de colo. Um clamor dolorido de quem reconhece-se humana, com poderes e forças finitas.
Desculpem, mas estou com muitas dificuldades pra enfrentar as pressões que cotidianamente, a vida tem me imposto.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Salão de Educação à Distância

Minha apresentação na Salão EAD da UFRGS foi emocionante.
Estar naquele espaço significou muito mais que a realização de um sonho, por que esse eu realizei quando consegui ingressar na UFRGS. Foi a superação de todas as minhas expectativas em relação à graduação e também à profissão.
Tudo que faço nas escolas em que trabalho, do mais simples ao mais elaborado trabalho, eu deixo guardado, nunca mostro aos outros. E, de repente, um trabalho comum, mas feito com muito amor e dedicação, estava lá, sendo apreciado pelo mundo acadêmico (e por pessoas de outras áreas, o que me fez ficar mais orgulhosa ainda!)
Mais compensador ainda, foi levar um trabalho realizado numa escola inserida em um bairro periférico, que sofre todo tipo de discriminação, e que também é discriminada.
Muito orgulhosa me deixou o fato de ver valorizado, um projeto realizado na educação infantil, com crianças do berçário.
Somos frequentemente identificadas como "professorinhas" ou "tias", que cuidam dos bebês e é como se nossa intenção e intervenção pedagógica não existisse, ficando sempre relegada à segundo plano, aos olhos de quem tenta ver o nosso trabalho, isso quando tentam!
Estou feliz por ter levado o nome da escola Girassol para o mundo acadêmico e de ver minha atuação na educação infantil (e no berçário) sendo respeitada e valorizada dentro e fora dos muros da escola. Espero que essa seja apenas uma das muitas portas que irão se abrir para a Girassol e para as professoras que atuam no berçário.
Outras coisas emocionantes aconteceram e não posso deixar de registrar:
Uma colega do PEAD, a Flávia, foi prestigiar, fiquei muito contente!
Havia pessoas da área da biociências, o que me deixou mais encantada ainda, por que esperava um público da pedagogia!
O mais bacana foi contar com o apoio e a dedicação dos meus filhos e da equipe diretiva da escola, que estavam lá assistindo, se emocionando, torcendo e vibrando comigo durante o evento.
Penso que é por isso que algumas pessoas se tornam inesquecíveis na vida da gente.
Minha filha, que é estudante da UFRGS, no curso de pedagogia, filmou boa parte da minha apresentação. Parecia uma tiete!
Meu filho caçula, estudante do curso de agronomia da UFRGS, estava com cara de bobo me olhando e ouvindo atentamente...
Minha diretora Tatiana e a supervisora pedagógica da escola (profe Samara) em vários momentos se emocionaram a ponto de deixar as lágrimas correrempelo rosto.
Realmente foi um momento singular e especial na minha vida.
No final, recebi muitos elogios da professora que estava assessorando na minha sala. Fiquei lisonjeada. o ano que vem, com certeza estarei lá, pois vou fazer de tudo pra que isso aconteça.

Quero agradecer por tudo o que a profe Marie Jane e a Profe Doriss Fiss fizeram por mim, pelo incentivo e pelo empenho em me auxiliar na confecção do documento e do vídeo. Nunca vou esquecer disso.
Também quero registrar o carinho e a euforia da profe Tânia Marques ao me ver chegar na Universidade, minutos antes da minha apresentação. Foi muito importante pra mim receber aquele abraço carinhoso, aquele incentivo, aquelas palavras de apoio e confiança no meu trabalho.
Também é importante registrar o carinho da tutora Catia Zílio para comigo, antes e depois do salão.
Essas manifestações de confiança, carinho, incentivo é que nos fazem sentir especiais na vida cotidiana e na vida acadêmica.
Foi a primeira vez que participei de um evento dessa grandeza. Sei que cometi alguns erros (minha filha pontuou alguns defeitinhos na apresentação - na maneira de falar ou me comportar) mas, sendo a primeira vez, penso que é perdoável. Mas como sei que tudo vale como aprendizado e experiência, valeu à pena cada minuto, cada erro e cada acerto! Foi show! Foi espetacular! Fabuloso! Inesquecível! Singular!

domingo, 19 de abril de 2009

Contradição ou falta de conhecimento teórico?

Lendo o polígrafo sobre modelos epistemológicos e modelos pedagógicos, observei que há uma enorme lacuna entre o que eu penso, o que eu digo e o que eu faço. Então tentei fazer uma analogia a respeito disso pra entender porque isso acontece. Cheguei a conclusão que não sei exatamente a resposta! Mas tenho algumas pistas: Ainda não me apropriei da teoria, por isso me contradigo.
Acredito que a pedagogia relacional tem o pressuposto epistemológico mais adequado para que a apredizagem seja mais significativa, mas é preciso que eu o estude mais para agir de acordo com ele no meu cotidiano (docente ou não). É necessário que me aproprie desse saber para modificar minha prática. O meu discurso deixa bem clara essa confusão de modelos em minha cabeça...
Já sabia que nós professores estávamos a serviço de determinadas ideologias, mantendo as relações de poder estabelecidas pela maioria, sem que tivéssemos consciência disso.
No texto do Professor Fernando Becker pude entender como isso acontece, e fiquei preocupada. Meus gestos e ações em sala de aula podem determinar que tipo de sujeito social estou ajudando a formar e consequentemente que modelo e que regime político estou ratificando na comunidade em que trabalho.
E pra piorar a confusão, entram em cena os modelos com os quais fui educada e ensinada e que estão muito presentes em minha vida, determinando muito do meu jeito de atuar e pensar minha prática docente.
Sei que há muito o ler e estudar, mas já é um bom começo entender porque ler e estudar.

Salão de Graduação

Vejam só como são as coisas!

Nunca pensei que um trabalho que fiz lá na vila, com meus alunos (quase bebês!) poderia um dia, ser cogitado para ser apresentado num espaço, onde a meu ver, só os "feras" da Universidade podem estar. Eu sei que não sou nenhuma fera! Mas uma "loba"apaixonada pelo trabalho, pelos alunos, pelos estudos e pela vida, lá isso eu sou.
Pois o projeto que desenvolvi com as crianças da EMEI Girassol sobre o Arroio Gauchinho está quase lá.

Entendo que esse espaço é pra evidenciar nossas aprendizagens no curso, mas tenho que salientar que pra mim, esse blog funciona como grito. Vou explicar: aqui, grito se estou contente ou descontente com a UFRGS, comigo mesma ou com algum mestre ou interdisciplina ou com alguma atividade proposta; grito se estou feliz, por meus progressos e aprendizagens, grito quando preciso de socorro em minhas inquietações. E apesar de silenciosos, meus gritos tem sido ouvidos, acalmados e aplaudidos.
Sei que muitas vezes esse meu jeito de expressar o que penso incomoda algumas pessoas. Mas esse jeito faz parte da minha identidade, por isso não pode ser modificado por completo, apenas alterado, quando necessário...

Hoje, meu grito é de satisfação, por ver reconhecido um trabalho, que nem eu mesma sabia que tinha tanto valor.

Esse depoimento (sim porque é um depoimento) tem o objetivo agradecer, em especial a Profe Marie Jane pelo apoio e aposta em mim e no meu trabalho e também a profe Doris, que mal chegou e já está tendo que aguentar a minha choradeira e pedidos de socorro, em pleno final de semana.
Espero, sinceramente, não decepcionar.



Não vou colocar marcador nessa postagem, pois é pessoal. É só mais um grito, que nem precisa ser ouvido, mas que é imprescindível que seja dado.

domingo, 12 de abril de 2009

Dando o braço a torcer

Depois de muito brigar com wiki's e cia, tenho que admitir posso aprender muito com eles e que há muita coisa boa nas páginas do pbwiki. Visitando os wikis dos grupos de PA aprendi muito sobre vários assuntos e compreendi o que só agora li no comentário do preofe Leonardo: ganhar ou perder tempo é uma questão de leitura do que faço com o meu tempo. Aprender, por mais dolorido que seja, nunca é uma perda de tempo, mesmo que assim o pareça, num primeiro momento. Aprendi bastante sobre wiki's naquele dia doído em que tive que refazer o meu wiki pessoal. E foi tão bom ver o resultado final, que resolvi fazer um wiki pra escola em que trabalho à tarde, para nele mostrar o que estamos produzindo, enquanto escola. Ele ainda está em construção, mas já passei o endereço para minhas colegas e estou disposta a ensinar o pouco que já aprendi para que elas possam postar as produções de suas turmas, engrandecendo assim, o trabalho que realizamos na escola. Preciso "dar o braço a torcer": tudo o que modifica e faz pensar, tudo que nos ensina e proporciona nosso aprimoramento tem valor sim, e muito valor. e que venham os novos desafios!

domingo, 29 de março de 2009

wiki's e cia fazem a diferença?

Hoje, estou enfrentando problemas com meu wiki pessoal. Consigo acessá-lo, mas não consigo edtá-lo. É como se não fosse eu o administrador do meu wiki. Mandei e-mail pra tutora, mas como sempre, acham que a gente é que está esquecendo de alguma informação. Já entei em todos os meus e-mails e não descubro onde está o erro. Não entendo por que a gente tem que passar pro tudo isso, esse monte de ferramentas e um milhão de coisas diferentes, que nos tiram o tempo de leitura. Pela manhã fiquei mais de duas horas envolvida com o maldito wiki, um tempo em que poderia estar lendo ou buscando novas informações sobre os temas e enfoques que vamos estudar nesse semestre. Encontrei muitos sites e textos sobre educação inclusiva e não pude ler nenhum material porque tinha que dar conta de inserir um link, num wiki, que insistia em não me permitir o acesso. Será que isso tudo é realmente importante? Esse link fará a diferença lá na minha sala de auka, quando os alunos com necessidades especiais estiverem comigo na sala de aula? As leituras que deixei de fazer farão falta?
É o que, com toda a asinceridade eu me pergunto hoje!