quinta-feira, 22 de abril de 2010

Primeira Semana

Tive muita dificuldade para elaborar do projeto de estagio e o primeiro plano semanal. Penso que as dificuldades encontradas estavam relacionadas principalmente ao referencial teórico. Eu sabia o que queria e como iria fazer, mas não conseguia relacionar isso a toda à teoria estudada durante o curso. Precisei me debruçar sobre os livros durante três dias para encontrar na bibliografia fundamentação teórica para o meu projeto.

Reler Smole, Abramovich, PCN's, Ferreiro, Teberosky, Grossi, Rocha entre outros me ajudou a ver que hoje, já não sou mais a mesma professora que iniciou o curso em 2007. mudaram minhas convicções e entendi a importância de pensar o trabalho.

A utilização de diferentes portadores de textos, por exemplo era uma prática que não fazia parte do meu cotidiano profissional. Entendi que essa variação mostra à criança a importância da escrita na nossa sociedade e as finalidades para as quais é usada."A capacidade de reconhecer diferentes gêneros textuais e identificar suas características gerais favorece bastante o trabalho de compreensão, porque orienta adequadamente as expectativas do leitor diante do texto." (BRASIL, Ministério da Educação/SEB. Pró-Letramento: Programa de formação continuada de professores dos anos/séries iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem 2007).

Também encontrei em Rocha e Smole a fundamentação para justificar o trabalho em grupos e a maneira como organizo os alunos em grupo nas minhas aulas.

Conforme Cândido (in Smole at all, 2001, p. 27), sem interação social a lógica da criança não se desenvolve plenamente, porque é nas situações interpessoais que ela sente-se obrigada a ser coerente.

Convém salientar que a maneira como serão constituídos os grupos de trabalhos é muito importante. Penso que é necessário dar uma atenção especial a esse momento. Comungo com a ideia de que os grupos devem ser formados a partir de uma eleição que escolherá os chefes de grupo e esses farão a escolha dos componentes, podendo os escolhidos aceitarem ou não. Essa perspectiva de formação dos grupos auxilia o desenvolvimento sócio-afetivo da criança, pois

"No momento da eleição as crianças são chamadas a exercerem seu desejo e discernimento, escolhendo aquele que gostariam pra ser chefe, submetendo-o, através de seu voto, à vontade social, na medida em que seu candidato pode ou não ser eleito." (Rocha, 2005, p. 58)

A busca por fundamentação afasta os "achismos" e torna nosso trabalho mais eficiente, pois nos dá mais segurança em relação ao que estamos fazendo, pois temos como argumentar, caso sejamos questionadas sobre o que estamos fazendo.

Inclui muitos momentos em que a oralidade é valorizada nas minhas aulas. Essa era uma prática pouco explorada por mim, mesmo durante o curso. Nesses primeiros momentos do estágio, já observo uma preocupação grande com a oralidade. Tanto que dedico parte das aulas, diariamente, ao diálogo com os alunos.

"Os alunos devem aprender a escutar com atenção e compreensão, a dar respostas, opiniões e sugestões pertinentes nas discussões abertas em sala de aula, falando de modo a serem entendidos, respeitando colegas e professores(as), sendo respeitados por eles. Além do jogo de pergunta e resposta e da discussão, normalmente empreendidos nas atividades de interpretação de textos lidos, outras situações devem ser implementadas para incentivar a participação oral dos alunos: organização da rotina diária, produção coletiva de textos, decisões coletivas sobre assuntos de interesse comum, planejamento coletivo de festas, torneios esportivos, a “rodinha” e outros eventos."(BRASIL, Ministério da Educação/SEB. Pró-Letramento: Programa de formação continuada de professores dos anos/séries iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem 2007).

sábado, 10 de abril de 2010

Será que conhecemos verdadeiramente o lugar onde trabalhamos?

Ao me deparar com os itens a serem respondidos para elaborar o projeto de estágio e as descrições do bairro, da escola, da turma, nossa! Não sei onde trabalho! Precisei pesquisar na rede sobre a história do bairro Lomba do Pinheiro, como foi sua ocupação, a distribuição das terras e descobri que há explicação até para os terrenos com uma única família morando e para as árvores plantadas e animais criados pelos moradores (a origem rural das famílias). Lendo sobre a história da escola entendi a forte atuação da comunidade nas questões políticas da escola, pois é responsabilidade dessa comunidade a escola estar do tamanho que está e pertencendo à Capital do Estado. O que temos como instituição de ensino é consequência de um árduo e incansável trabalho comunitário junto a seus representantes legislativos e executivos. Por isso, essa comunidade é tão presente nas decisões políticas da escola e tão questionadora em relação ao nosso trabalho. Não vejo na Lomba uma delegação de poderes supremos ao corpo docente da escola, como vivenciei em outros locais nos quais trabalhei. Há que se prestar contas do que estamos fazendo.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tudo pronto pra começar!!!

Escrever com data marcada é ruim! Hoje não consigo colocar algo se significativo aqui. Estou com o wiki do estágio feito e quase todas as informações da escola e da turma lá postadas. Para cumprir essa primeira atividade de me dei conta que há informações sobre os alunos que são importantes e que eu não tenho... Há uma falha aí! Tenho que corrigi-la... Dentro de dois dias terei meu primeiro encontro com o professor e a tutora que irão orientar-me durante o meu estágio. Hás muita expectativa, um pouco de medo, um questionamento imenso e intenso acerca da prática e de como aplicar o que tenho aprendido ao longo dos anos na faculdade.
Talvez amanhã eu consigo expressar com mais clareza como estou desenvolvendo as atividades iniciais do estágio e como está sendo esse contato com a turma e com a escola.
O que posso adiantar é que irei fazer o estágio curricular na turma A23, na EMEF Saint'Hilaire (Porto Alegre), como havia me proposto desde o início.